António Sebastião Rodrigues

Atualmente, é co-Investigador principal do grupo de investigação em Integridade Genómica e Resistência.

A poliquimioterapia e a terapia direcionada têm melhorado substancialmente as taxas de sobrevida de doentes com cancro. Infelizmente, a falha terapêutica ocorre em muitos pacientes. O principal motivo é o desenvolvimento de resistência a fármacos (DR), levando à progressão da doença e à morte. A identificação do desenvolvimento de DR e dos doentes com maior risco pode ter implicações profundas na seleção de terapêuticas individualizadas e na redução do risco de recidivas. A maioria dos estudos supõe que, uma vez estabelecida a DR, os mecanismos subjacentes permaneçam em vigor. No entanto, os mecanismos de DR evoluem e mudam com o tempo, proporcionando ao cancro uma vantagem contínua. O nosso grupo mostrou que a DR é um fenómeno dinâmico, com diferentes mecanismos ativados ao longo do tempo. É fundamental acompanhar a DR à medida que ela se desenvolve, caracterizando as células tumorais à medida que respondem à pressão do medicamento e identificar biomarcadores de DR. Os objetivos do grupo são a caracterização dos mecanismos de resistência, in vitro e in vivo, com vista a identificar marcadores precoces que possam ter translação clínica.