As investigadoras do grupo Controlo Neuronal das Doenças Metabólicas publicaram na Frontiers for Young Minds uma revisão do conhecimento existente sobre a forma como as nossas células que acumulam gordura evoluem ao longo do tempo.
Sílvia Conde, Rita Figueiredo, Ana Soares e Fátima Martins
O tecido adiposo tem três tipos distintos: o branco, das comidas que ingerimos; o castanho, responsável pela produção de calor; e o bege, um estadío intermédio entre os outros dois.
As estudantes Ana Soares e Rita Figueiredo, estagiárias de Bioquímica da FCT NOVA, com a orientação das investigadoras Fátima Martins e Sílvia Conde, contribuíram para a literacia científica de jovens nesta revista do grupo Frontiers, resumindo o conhecimento existente sobre a evolução do tecido adiposo ao longo do processo do envelhecimento. O processo de revisão por pares desta revista passa também por revisores jovens que garantem que o conteúdo é compreensível para todos.
A investigação sugere que as células do tecido adiposo têm a plasticidade para passar de tecido branco, o mais prejudicial para saúde e que afecta doentes com diabetes e obesidade, para tecido castanho ou bege. Duas estratégias, testadas em ratinhos, podem passar pelo recurso a baixas temperaturas e uma dieta menos calórica para diminuir a quantidade de tecido adiposo branco.
Vejam este artigo de divulgação científica no site da Frontiers for Young Minds.

Hábitos não saudáveis, como comer muitos alimentos com alto teor de gordura e açúcar e/ou não fazer exercício suficiente, leva ao aumento do tecido adiposo branco e ao clareamento do tecido adiposo castanho, pois os adipócitos têm que armazenar grandes quantidades de gordura. No entanto, estudos em ratos e ratinhos indicam que a exposição a baixas temperaturas e uma dieta saudável podem aumentar a quantidade de tecido adiposo castanho.